como eu comentei que às vezes ainda me sentia muito sozinha, muito pequena, ela me fez um patuá.
pra explicar realmente como funciona isso, você teria que lembrar de um texto antigo, uma publicação de muito tempo atrás, quando eu identifiquei no outro minhas próprias faltas, quando me encantei com um texto em que o patuá era o personagem principal.
pois bem, assim que tomei posse desse meu novo artefato, como não sabia muito bem como funcionava, lembro-me de que cada vez que sentia uma angústia, aquela melancoliazinha típica do personagem que eu vinha criando, levava a mão direita até ele e pensava tão forte que até chegava a achar que poderiam me ouvir, e mentalmente repetia: me faça feliz.
ainda não sei como patuás funcionam. existe tanta superstição em torno deles, orixás, ervas, figas. ainda não sei como eles realmente funcionam, mas agora tudo que vejo é luz, tudo que penso é leve, tudo que sinto é apaziguador, tudo que desejo é benéfico, tudo que digo é entendido, tudo que vejo é lindo, tudo que quero, tenho.
acho que nem ela acreditaria que fosse possível reverter essa minha situação. eu voltei a ser feliz, voltei a ser a tagarela e encantadora menininha que sempre deixava todos à sua volta contentes e iluminados com o sol dourado, com o patuá de heliodora.
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