em um desses momentos de álcool no sangue e paz no coração dei carona à um amigo. eu estava tranquila porque estava com um amigo, porque ele não me interessava nem um pouco e porque, como sempre, ele era o namorado da minha amiga, mas aí ele se confundiu. acho que estava bêbado demais.. pra ele era amor. eu insisti, fui firme no meu não. ele arrefeceu, se inclinou pra trás e achou que eu estava sem graça. insistiu. eu disse que ele era alguém importante na vida da minha amiga e não deveria tratá-la assim. imediatamente ele jurou terminar tudo com ela e que o faria o mais rápido possível e então eu me sentiria mais tranquila. eu? ele não tinha entendido.. então eu disse que ele se precipitou, que eu era mesmo amiga e era legal assim, porque eu sou uma amiga legal assim, mas não estava interessada nele. já estava tarde. pedi que saísse do carro. eu estava cansada. feliz, mas cansada. parei em frente a casa dele, ele agradeceu a carona e desde esse dia ele acha que deveriam existir no mundo mais pessoas como eu.
vez ou outra me liga para contar como está a vida, diz que ainda pensa em mim, em como não acredita existir tamanha lealdade ou sinceridade ou isso que ele achou que viu em uma quinta-feira tarde da noite. tem um filho e contas para pagar. também mudou-se de maringá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário