do ponto de vista da pessoa, não sou muito feliz. do ponto de vista da eternidade, sou extremamente feliz.
minha natureza humana é um pouco triste, um pouco negativa, um pouco melancólica. já a natureza do desconhecido, minha verdadeira natureza, é leve, incansavelmente feliz, apaixonada pela vida que ainda não é.
em viagens astrais me sinto outra pessoa. quando me deparo no corpo sou infinitamente pequena e me sinto presa.
equilibrar essas duas vidas, as duas "pessoas", viver em harmonia com o que sou e com o que preciso ser.
a pequena pessoa é autoritária, por vezes ainda sente raiva. a raiva é um sentimento complexo para pormenorizar. eu sinto raiva. não da vida ou das pessoas, mas eu a sinto e em alguns momentos com muita intensidade.
em seguida me deparo com uma pessoa tranquila, sem desejos, sem necessidades.. me sinto livre.
vivo duas realidades: sou o que não sinto, sinto o que ainda não sou.
acabo me tornando um ser complexo e misterioso mesmo não querendo. tento ser transparente e verdadeira ao passo que não posso. às vezes sinto que vivo minha vida sem mim. sou dona de trechos, parágrafos, interseções. sou todas as vírgulas sem ponto final, mesmo sabendo que nunca fui livro, nunca fui lida.
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