nunca quis ser o que era, você estava coberto de razão. eu nunca quis ser o que sou, porque é demasiado cansativo explicar-me. eu parei de ter opinião, só reproduzo parâmetros pelos quais finjo me guiar. não tenho bússola. nunca consegui me guiar sozinha. sempre precisei que me indicassem o caminho, algum caminho a seguir. eu não sabia ser quem sou.
tardiamente cansei de fingir, finalmente aceito o que sou, quem sou e quem eu não posso ser.
vamos falar dos cento e trinta e dois dias, vamos falar do descompromisso, da energia da terra, da força da natureza. vamos falar das energias deletérias também, daquilo que não presta, que pulsa, mas pulsa apodrecido. pulsa errado.
vamos falar do novo, da gnose, da radiação, da nova terra, da ascensão.
ego, personalidade e sexo são assuntos da pré escola. por favor! mude sua frequência, eu não sintonizo mais você. não sintonizo mais aquilo que você ainda é e que eu deixei de ser.
eu sei o por quê, eu sempre soube por quê não poderia ficar com alguém assim e olha só quanta ironia, eu que nunca quis, nunca esperei homem algum. eu sempre soube que eu não sou nem nunca gostaria de ser como você.
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